quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Férias (parte UM)
Sinónimo de fugir à rotina, mudar de ares, espairecer, descanso...
Mas descanso, definitivamente, é um conceito que deixa de existir a partir do momento em que saímos do nosso lar com um filho pequeno. Artilhados de armas e bagagens, carregamos o carro até ao tecto, quais ciganos em dia de feira. Ainda vamos buscar um saco de plástico para guardar algumas coisas de última hora: o termómetro, mais uma bóia, meio pacote de bolacha maria, mais uma chupeta só porque é melhor. Já temos cinco, mas podem perder-se por uma qualquer mirabolante obra do destino e não queremos pensar nessa aterradora hipótese.
Rumamos em direcção ao norte, com mais um casal amigo, com mais duzentas malas e um filho, nove dias mais novo que o Ivo. 
Apesar de toda a gestão, balanço mais do que positivo.
Fiquei de coração cheio ao ver as centenas de fotos que registaram os melhores momentos desta semana, já com saudades.
É incrível como o meu filho mudou, absorveu e aprendeu durante esta semana.
Acima de tudo está feliz, felicíssimo, que é tudo o que eu quero que ele seja. Sempre.
Foi uma semana bem recheada, em que encontrámos amigos, família, amigos que se tornam família de tão bem que nos recebem e nos fazem sentir. 
Longos pequenos-almoços, idas ao mercado, mãos sujas de terra na horta da tia, patos e galinhas, feira e carrosséis psicadélicos, cidades e vilas cheias de vida, natureza e luz que nos tornam mais bonitos, tardes de parque e de piscina, jantares com amigos que não se importam de ouvir a xana toctoc, churrascos e pitéus típicos, algumas quedas, birras q.b, muitos beijinhos, muita partilha. 
Ainda houve tempo para uma tarde/noite a dois, em que conhecemos a Figueira da Foz e o pôr-do-sol maravilhoso do Fusing. Fomos teenagers apaixonados ao som dos nice weather for ducks e do nosso mais-que-amado-poeta cícero. 
Encontros inesperados com amigos que enchem de cor paredes cinzentas. 
Foram dias deliciosos com noites de festa, boas conversas, aprendizagem, risos histéricos, cartas e jogos para pessoas sem-vergonhas, imitações do La Féria e telepatias que só as mulheres entendem. 
Dias e noites que ficam para sempre.










































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